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Uma história escrita a duas mãos.
Pareceu-lhe que estava alguém a tentar entrar no quarto.
Era ele! Só podia. E ela estava completamente nua, despida…não conseguia pensar mas também sabia que o desejava mais do que tudo e que desta vez não iria reprimir nem disfarçar os seus desejos mais ardentes.
Podia ter-se coberto com uma toalha, mas não fazia tenções de fazê-lo.
- Está tudo bem? Precisa de ajuda?
Alice gelou quando ouviu uma voz feminina do lado de fora da porta. Durante uns segundos, nem sequer conseguiu emitir uma única palavra. Cobriu-se com a toalha e bem devagar, não forçando o pé magoado, conseguiu ir até à porta, abrindo-a.
- Estou melhor, obrigada. Estava a tomar um duche quente para relaxar.
- Óptimo. Espero que melhore e recupere depressa.
Vendo que a funcionária estava a preparar-se para se ir embora, pergunta-lhe:
- Por acaso não viu o meu marido?
- Não, não o voltei a ver.
Alice, visivelmente embaraçada, acrescentou:
- Foi à farmácia comprar um anti-inflamatório, mas está demorar tanto tempo que começo a ficar preocupada.
- Porque não lhe liga? Vai ver que não aconteceu nada de grave. Bem, se me dá licença, tenho que ir. As melhoras. Alguma coisa que necessite é só ligar para a recepçãoç
- Muito obrigada.
Alice fechou a porta e sentou-se na cama. Inspirou fundo. Nem sequer tinha o contacto de Pedro, como lhe haveria de ligar? Ainda para mais, agora tinha dito que ele era seu marido. E se ele nunca mais aparecesse? Como sairia ela dali? Não tinha dinheiro para pagar a estadia. E como justificaria o desaparecimento misterioso do marido? Só de pensar, sentiu uma forte dor de cabeça.
Meteu-se debaixo dos cobertores e desejou adormecer e esquecer tudo o que lhe estava a acontecer.