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Uma história escrita a duas mãos.
Mas não adormeceu. A sua cabeça latejava, as dores do pé começavam a fazer-se sentir mais fortes... E as lágrimas inundavam-lhe os olhos. Era noite, e Pedro não regressava. Ele não ia voltar, ele não ia voltar, ele não ia voltar. O seu coração estava apertado. Sentia-se ridícula. Confiou num desconhecido, deixou-se levar, deixou-se guiar. E esperava que ele voltasse para junto de si ou, pelo menos, para a ajudar a sair daquela embrulhada em que se meteram. Porque estavam juntos nisto. Não estavam? Ela já nem sabia o que pensar. Como esperou tanto de alguém que não conhecia? E porque o fez? Logo ela, que prometera a si mesma que isto não ia voltar a acontecer. Não mais. Estava confusa, não estava a perceber nada. Queria descansar, esquecer tudo e acreditar que amanhã tudo seria diferente e uma solução surgiria. Mas não conseguia.
- És tão burra, Alice. - disse para si mesma.
Quanto mais as horas passavam, mais cansada ela se sentia. Estava esgotada, quando finalmente adormeceu, já com o sol a nascer.